Dec 10, 2008

Dec 9, 2008

dada








fotografias por rita lino

Dec 8, 2008

Esta noite sonhei que um homem me tirava fotografias embora eu não quisesse ser fotografado.
Eu gritava com ele dizendo-lhe que parasse mas ele continuava, simplesmente.
A sua máquina fotográfica estava ligada por um fio à cabeça de uma galinha. O cérebro da galinha era onde as fotografias eram guardadas. O seu cérebro era a base de dados, a memória, o rolo do filme.
Quando ele já não me tirava mais fotografias e "aquilo" acabara finalmente, lembro-me de ver uma passadeira onde estava a galinha. Todas as pessoas que passavam se desviavam dela.
A única imagem que tenho deste momento é uma multidão de pés. O plano corta as pessoas da cintura para cima. A galinha nervosa de um lado para o outro fugindo dos pés, embora as pessoas fossem as primeiras a se desviarem dela. O fotógrafo passa também ele a passadeira e acidentalmente pisa a galinha. Mesmo na cabeça, esmagando-a!

Dec 2, 2008

Eu já não sou do tempo...

Eu já não sou do tempo da abstenção de consciência.

Eu já não sou do tempo do arroz a 5 tostões.

Eu já não sou do tempo das filas de espera intermináveis.

Eu já não sou do tempo das pessoas razoáveis.

Eu já não sou do tempo da web unidireccional.

Eu já não sou do tempo de Salazar.

Eu já não sou do tempo do cinema mudo.

Eu já não sou do tempo dos sinais de fumo.

Eu já não sou do tempo dos serões de rádio em família.

Eu já não sou do tempo da acid wave de São Francisco.

Eu já não sou do tempo das cruzadas.

Eu já não sou do tempo das batalhas campais.

Eu já não sou do tempo dos cowboys.

Eu já não sou do tempo do tabaco de mascar.

Eu já não sou do tempo das ceroulas.

Eu já não sou do tempo do machismo.

Eu já não sou do tempo da guilhotina.

Eu já não sou do tempo do cachimbo.

Eu já não sou do tempo do Camilo.

Eu já não sou do tempo do fiar da lã.

Eu já não sou do tempo em que nevava na Covilhã.

Eu já não sou do tempo da Amália.

Eu já não sou do tempo do Lawrence da Arábia.

Eu já não sou do tempo do pão cozido a lenha.

Eu já não sou do tempo da ordenha.

Eu já não sou do tempo em que se jogava às cartas no jardim.

Eu já não sou do tempo do pássaro extinto, o kiwi.

Eu já não sou do tempo do dominó.

Eu já não sou do tempo do Aniki Bobo.


Eu já não sou do tempo de antigamente.


Eu já não vou a tempo do tempo do presente.


Nov 30, 2008

À medida q circulava menos límpida mais gasta,
as trocas mais dependiam da vontade desta.
Ela é modesta alimentando-se de si mesma,
morando numa algibeira prestes a mudar de residência.
Pode dar-te influência ou, levar te à falência,
vivendo da dependência do consumo e da ganância.
Ideologias postas em prática, da capitalista às utópicas,
todas visam angariá-la formando uma espécie de monopólio.
Negócios sem causa justa, muitos a usam de forma injúria,
pelo poder, pela luxúria, desde a revolução da indústria.
A concentração das fortunas à custa da decadência de uns.

Jan 10, 2008

I can't remember the last time I cried,
If it was a rainy day or the sun looked high.
I wanted so much this to happen
I forgot how's it like
The salty sea from my eyes
I see to clearly the sun rise.
Stupid, insignificant, full lie.
Brain commands body to act with pride.
Contigo na tua cama posso desligar-me.
Quanto menos sinto, menos me posso afectar
Pergunto-me o que sentes enquanto nos deitamos.
Eu não sei o que estou a pensar
mas isso é melhor para mim.
Quando acordo de manhã,
Ainda sentimos o mesmo?
quando acordo de manhã,
será que mudaste?
Porque eu ainda sinto o mesmo.

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