Nov 17, 2007

Tenho estas insónias. Terríveis, infinitas.
Um estado de torpor entre a realidade e o que há para além dela.
Quero uma pílula milagrosa, a droga que me permita sair desta intemporalidade de horas perdidas.
De Nova Iorque a Tóquio, vou, da Babilónia a Marte.
Insignificantes poeiras cósmicas sou, Leviatã marinho enorme.
Dos princípios dos sonhos ao infinito.
Dalí e Klimt, dali e daqui.
Livre como uma borboleta, fantoche e marreta. A metamorfose.
Engano as horas a mim próprio, semi-traído unicórnio.

Que grande embróglio, eu e o meu relógio…
Que torpor e desagradável sensação, o cobertor e o colchão.

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